quinta-feira, 16 de junho de 2011

Pagodeiros contam o que mudou após seguirem carreira solo


O Fantástico foi atrás de Salgadinho, Vavá, Rodriguinho e Alexandre Pires.




Caiu uma bomba no mundo do pagode! O cantor Thiaguinho anunciou que vai dar um salto arriscado: sair do Exaltasamba e seguir carreira-solo. Assim como ele, vários cantores já fizeram essa escolha. Alguns amargam o esquecimento, mas outros se deram muito bem.

É em um rancho à beira de uma represa em Uberlândia, em Minas Gerais, que o cantor Alexandre Pires passa seus poucos dias de folga. Ele adora fazer churrasco para os amigos e descansar com a mulher e os filhos pequenos.

Já são quase dez anos de carreira solo desde que deixou o grupo Só Pra Contrariar. Uma das bandas de pagode mais famosas do Brasil, o SPC ganhou prêmios internacionais e chegou a vender três milhões de cópias de um só CD.

Largar tudo não foi fácil. “Eu diria que é um grande desafio. Você conviver em grupo olhar para o lado e não ver mais seus companheiros”,revela Alexandre.

Alexandre lançou quatro CDs em espanhol e se tornou um ídolo na América Latina. Gravou outros sete em português, mas os antigos sucessos do grupo ninguém esquece.

“Tenho que cantar os sucessos do grupo. Acho isso importantíssimo, faz parte da sua história e da sua carreira”, opina o cantor.

Foi difícil para Alexandre Pires. Como será para Thiaguinho, que acaba de anunciar a sua saída do Exaltasamba?

“O Thiago manifestou o desejo de fazer uma carreira solo”, diz Péricles. “O Exaltasamba não acaba de vez, vai entrar no recesso, como outras bandas fazem.”

O futuro do grupo ainda é incerto.

Eu sinceramente fiquei muito abalado, mas é a decisão que o grupo tomou”, lamenta um integrante do grupo.

“O Exalta nunca vai sair de mim”, diz Thiaguinho.

Para saber se vale mesmo a pena cantar sozinho, o Fantástico reuniu três pagodeiros que decidiram deixar suas bandas para seguir carreira solo. Salgadinho, ex-Katinguelê; Vavá, ex-Karametade; e Rodriguinho, que foi vocalista do grupo Os Travessos.

“Eu entrei nos Travessos sem dinheiro e saí dos Travessos com menos dinheiro do que eu entrei”, revela Rodriguinho. “Tudo que eu ganhei eu gastei tudo, nunca passei vontade, eu trocava de carro toda semana, eu fazia o que eu queria assim.”

“A exposição antigamente era muito maior”, compara Vavá. “Hoje a gente não tem uma exposição tão grande, as pessoas param na rua e te perguntam: você não canta mais?”

Ele ainda canta com o irmão. “Eu digo que a nossa agenda antigamente era muito mais cheia. Não temos gravadoras. Estamos independentes.”

“Eu estou independente hoje também”, conta Salgadinho. “Eu me sinto à vontade, muito feliz. Independente significa que não tem selo, não tem gravadora.”

O ex-pagodeiro do Katinguelê, que lançou moda usando óculos escuros na testa, diz que saiu porque se sentiu pressionado. “Não estou conseguindo mais compor, eu não estou gostando mais de cantar, tem alguma coisa errada. É tudo o que eu mais gosto de fazer”, conta.

Hoje ele faz shows em lugares menores. Bem diferentes da época do Katinguelê. Acompanhamos uma apresentação dele em São Bernardo do Campo, em São Paulo.

Mas mesmo quem se saiu bem sozinho tem saudade do passado.

“Seria para mim um grande sonho de poder juntar a galera de novo. A gente cair na estrada de novo”, sonha Alexandre Pires.

“Não tem data a volta do SPC, eu acho que para um futuro bem próximo, não tão longe. É um projeto, não seria a minha volta ao grupo mas é um projeto que eu gostaria muito de fazer”, diz Alexandre Pires.






Fonte: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1664597-15605,00-PAGODEIROS+CONTAM+O+QUE+MUDOU+APOS+SEGUIREM+CARREIRA+SOLO.html

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